Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido por Chico
Buarque (Rio
de Janeiro, 19 de junho de 1944), é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro. É conhecido
por ser um dos maiores nomes da música
popular brasileira (MPB). A sua discografia conta com
aproximadamente oitenta discos, entre eles discos-solo, em parceria com outros
músicos e compactos.
Filho do historiador Sérgio
Buarque de Holanda e de Maria Amélia Cesário Alvim, escreveu seu primeiro
conto aos 18 anos, ganhando destaque como cantor a partir de 1966, quando
lançou seu primeiro álbum, Chico Buarque de Hollanda, e venceu o Festival de Música Popular Brasileira com a
música A
Banda. Socialista declarado autoexilou-se na Itália em
1969, devido à crescente repressão do regime
militar do Brasilnos chamados "anos de chumbo",
tornando-se, ao retornar, em 1970, um dos artistas mais ativos na crítica
política e na luta pela democratização no país. Na carreira literária, foi
vencedor de três Prémios Jabuti: o de melhor
romance em 1992 com Estorvo e o de Livro do Ano,
tanto pelo livro Budapeste, lançado em
2004, como por Leite
Derramado, em 2010.
Foi casado por 33 anos (de 1966 a 1999)
com a atriz Marieta
Severo, com quem teve três filhas, Sílvia Buarque, Helena e
Luísa. Chico é irmão das cantoras Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina. Ao contrário da
crença popular, o dicionarista Aurélio Buarque de Holanda era apenas um
primo distante do pai de Chico.
Em
1946, mudou-se para a capital São Paulo, onde o pai
assumiu a direção do Museu do Ipiranga. Chico sempre revelou interesses pela
música, tal interesse foi bastante reforçado pela convivência com intelectuais
como Vinicius de Moraes e Paulo Vanzolini.
Em 1953, Sérgio Buarque de Holanda, pai
do cantor, foi convidado para lecionar na Universidade de Roma. A família Buarque de Hollanda, então,
muda-se para a Itália. Chico aprende dois idiomas estrangeiros, na escola fala
inglês, e nas ruas, italiano. Nessa época, compõe as suas primeiras marchinhas
de Carnaval.
Chico regressa ao Brasil em 1960. No ano
seguinte, produz suas primeiras crônicas no jornal Verbâmidas, do Colégio Santa Cruz de
São Paulo, nome criado por ele. Sua primeira aparição na imprensa,
porém, não foi em relação ao seu trabalho, mas sim policial. Publicada, no
jornal Última Hora, de São Paulo, a notícia de que Chico e
um amigo furtaram um carro nas proximidades do estádio do Pacaembu para passear
pela madrugada paulista foi anunciada com a manchete "Pivetes furtaram um
carro: presos".
Em 1998, o artista foi homenageado no Desfile das escolas de
samba do Rio de Janeiro,
pela GRES Estação Primeira de Mangueira, no enredo "Chico Buarque da
Mangueira". A escola verde e rosa dividiu o título de campeã daquele
carnaval com a Beija-Flor de Nilópolis.