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quarta-feira, 11 de março de 2020

Dia Internacional da Mulher - aula de 10/03/2020

Na aula de ontem falámos do Dia Internacional da Mulher, da sua necessidade ou não, dos direitos de todos e de algumas figuras femininas pioneiras em Portugal, algumas que todos conhecíamos, outras que nem por isso. 

Tinha um vídeo para vos pôr e que não nos deu tempo de ver, fica aqui, são referidas algumas das mulheres de que falámos ontem, e algumas de que não falámos por falta de tempo, mas que são dignas de menção sempre. 

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Eunice é o teatro

Tenho mesmo que vos apresentar alguém. Chego tarde porque o aniversário foi ontem - 88 (parece impossível para alguém que é eterno) - e 75 de carreira. É dose!

É com todo o orgulho do mundo que vos apresento Eunice Muñoz, uma das grandes, uma das enormes atrizes que Portugal deu ao mundo e que só em Portugal conhecemos porque as barreiras da língua (e da vida) às vezes travam o caminho natural do talento.

Deixo-vos a notícia sobre como o teatro português a homenageou ontem e também a boa nova de que dentro de um ano a temos no palco de novo e a fazer de Rei Lear. Depois de Zerlina, Mãe Coragem e tantas outras que foi numa vida só, o Lear vai ser (somente) mais um milhão de ovações de pé. Porque ela vai merecer. Merece sempre!

Não percam!

terça-feira, 15 de novembro de 2016

És tão boa... exercício

Pensavam que era só ver o vídeo?? Parece que não me conhecem. 

Vejam o vídeo de novo e respondam à pergunta óbvia, quem é toda esta gente que aparece no vídeo? Quatro deles que aparecem aos pares são desconhecidos, mas estes só aparecem uma vez.)

O primeiro que aparece e que surge mais vezes - com uma camisa folclórico-festiva é óbvio.

Depois disso têm: 
- uma apresentadora de TV, 
- dois colaboradores do programa Crónicas Marcianas e tertulianos de programas do coração, 
- uma cantora,
- duas atrizes
- quatro humoristas (habituais colaboradores do mestre: dois homens e duas mulheres)
- uma política
- um ator sério e excelso declamador de poemas
- um casal (ele empresário e ela antiga locutora de continuidade)
- um produtor musical

Tentem, não é assim tão complicado, são figuras públicas muito conhecidas em Portugal.

domingo, 6 de março de 2016

NA2 Festa da Lusofonia - O meu coração não tem cor

A Eurovisão já não é o que era - é verdade! No entanto, ao longo dos anos deixou-nos muito boas memórias (tentaremos sempre esquecer as más) e esta é uma delas. 

Lembro-me de estar a ver o Festival RTP da Canção em 1996 e um amigo dos meus pais dizer:
- O que é que a Maria do Amparo está a fazer na TV? Voltou a cantar? - Ao que a minha mãe respondeu:
- Só se a mulher tiver conseguido manter-se igual ao que era há 20 anos. 
Foi essa ineludível parecença com a mãe que nos fez parar e ficar a ouvir esta menina doce. Porque todos conheciamos a Lúcia, todos. Ela entrava nas nossas casas todas as semanas pela mão dos pais (depois apenas do pai quando a mãe deixou de atuar em público) quando era pequenina e cresceu connosco. Só desapareceu para estudar. 
Na Eurovisão conseguiu dar-nos a melhor classificação de sempre (um 6º lugar) e foi, provavelmente, a última vez que mereceu a pena ver o certame musical para muitos portugueses.

Ponho-vos a canção e a letra, tal como trabalhámos na aula, para poderem ver exemplos dos tipos de música da lusofonia que esta canção versa. Letra do José Fanha (devem conhecê-lo do filme "Adeus Pai") e música e orquestração do Pedro Osório. Mas depois propor-vos-ei um exercício de investigação.


O Meu Coração Não Tem Cor

(José Fanha/Pedro Osório)Andamos todos a rodar na roda antiga
Cantando nesta língua que é de mel e de sal
O que está longe fica perto nas cantigas
Que fazem uma festa tricontinental


Dança-se o samba, a marrabenta também,
Chora-se o fado, rola-se a coladeira P'la porta aberta pode entrar sempre alguém,
Se está cansado diz adeus à canseiraVai a correr o corridinho que é bem mandado e saltadinho


E rasga o funaná, faz força no malhão
Que a gente vai dançar sem se atrapalhar
No descompasso deste coração 


(E como é? E como é? E como é? Vai de roda minha gente, vamos todos dar ao pé) 

Estamos de maré, vamos dançar, vem juntar o teu ao meu sabor
Põe esta canção a navegar que o meu coração não tem cor
Estamos de maré, vamos dançar, vem juntar o teu ao meu sabor
Põe esta canção a navegar que o meu coração não tem cor

Andamos todos na ciranda cirandeira,
Preguiça doce e boa, vai de lá, vai de cá
Na nossa boca uma saudade desordeira
De figo, de papaia e de guaraná Vira-se o vira e o merengue também,


Chora-se a morna, solta-se a sapateia
P'la porta aberta pode entrar sempre alguém
Que a gente gosta de ter a casa cheiaVamos dançar este bailinho, traz a sanfona, o cavaquinho


A chula vai pular nas voltas do baião
Que a gente vai dançar sem se atrapalhar
No descompasso deste coração(Hey! E vai de volta, vai de volta, p'ra acabar)
Que o meu coração não tem cor

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Marília Pêra por Nelson Motta

Eu sei que estes dois nomes acima são, provavelmente, os nomes de dois desconhecidos para vocês, mas uma vez mais tenho de lamentar aqui a morte - e aproveitar para vos dar a conhecer a atriz - de uma das maiores do mundo da interpretação. E não, não vou dizer uma das grandes atrizes brasileiras, não o vou dizer porque isso seria reduzir o talento da Marília a um país ou a um continente, e o talento da Marília não tinha fronteiras.
Quando li a notícia da partida dela senti um vazio, talvez porque sempre tive a esperança de a poder ver de novo em palco e sentir tudo o que ela nos fazia sentir quando interpretava. Deixo-vos o texto que o ex-marido (o também enorme Nelson Motta) escreveu para ela agora que ela partiu. Contudo, antes uma boa entrevista, onde a possam ver como ela era: só talento e maravilha. (Podem encontrar no youtube um monte de excertos de interpretações dela, desfrutem!)


“Viva Marilia !
A primeira vez que vi Marilia, naturalmente, foi no teatro. Ela era loura, tinha 26 anos e interpretava uma vedete bagaceira e mulher de um gangster de araque numa paródia de teatro de revista hilariante chamada A Vida Escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato, escrita por Bráulio Pedroso e com músicas de Roberto e Erasmo Carlos, que lotou o Teatro Ipanema durante meses e foi um dos maiores sucessos de 1970. Além de rir muito, fiquei encantado com aquela magrela que se fazia de gostosa, tão divertida e desbocada, que cantava, dançava e representava com tanta alegria e sex-appeal. A primeira vez com Marilia não se esquece.
Um ano e meio depois estávamos casados. Alternando temporadas no paraíso e no inferno durante oito anos movidos a fortes sentimentos, tivemos duas filhas e testemunhei a trajetória e o crescimento de uma das maiores atrizes da nossa história, que levou emoção, alegria e consolo a milhões de pessoas que choravam e gargalhavam com seus personagens, se comoviam com seus tipos sofridos, se aterrorizavam com as suas vilãs e malvadas. Marilia vai fazer muita falta porque era muitas, cada uma melhor que a outra. E convivi com várias delas. No teatro, seu território sagrado e seu campo de batalha, no cinema, na televisão e na vida real, que era o seu personagem mais complexo e imprevisivel.
O papel de mãe tambem era muito dificil para a diva. Ela amava as meninas e se esforçava, entre seus muitos trabalhos, em preparar para a vida do jeito que podia e sabia. Disciplinada e disciplinadora, Marilia reclamava que eu era muito liberal e permissivo com elas e, de gozação, dizia em público que eu era uma verdadeira mãe para as meninas. E todos os Dia das Mães me ligava para desejar em tom de ironia “felicidades no seu dia” e soltar uma gargalhada.
Para mim, o seu melhor papel foi Maria Callas em “Master Class”, uma diva amadurecida e amargurada ensinando a alunos da Julliard School of Music sobre a vida, a arte e o amor, com tanta técnica e emoção que teria feito chorar a própria Maria Callas.
Entre as malvadas, amei – e tive muito medo – da megera Perpétua de “Tieta” e da maligna e medonha Juliana do “Primo Basilio”. Pensar que uma mulher daquelas dorme ao seu lado é de tirar o sono.
Marília gostava de cantar, de dançar, de marido, de filhos, de amigos, de sexo, de dinheiro, de luxo, de rir, de silêncio, mas amava mesmo, acima de todas as coisas, o teatro, que foi sempre a sua prioridade de vida. Talvez por isso foi tão alto e tão fundo e irá tão longe.
Com 39 anos, por sua arrebatadora interpretação de uma prostituta envolvida com menos de rua em “Pixote” recebeu o premio de “melhor atriz do ano” pela Associação Nacional de Criticos dos Estados Unidos em 1981, e tambem da associação de criticos de Nova York e de Los Angeles, que consagraram uma atriz sul americana desconhecida concorrendo com as grandes estrelas americanas e que nem sequer era bonita para os padrões locais. Puro talento.
Marilia era tão atrevida que representou Coco Chanel em português para franceses em Paris, com legendas, e fez várias apresentações lotadas com críticas que a consagravam como uma das grandes atrizes de nosso tempo.
Nos encontramos e desencontramos muito pela vida, nos ultimos anos éramos muito amigos, vivemos juntos muitas alegrias e dores. Há dois meses, Marilia me pediu uma música para o disco que estava gravando na Biscoito Fino. Me lembrei de uma linda valsa do maestro Lyrio Panicalli, dos anos 60, que Leila Pinheiro havia me mostrado há muito tempo. E fiz a letra.
O título original da versão instrumental de Lyrio era “A última valsa”, mas, sabendo que Marilia estava doente, achei melhor trocar para “Sonho de valsa” – e ela pensou que a música sempre se chamou assim e adorou. Pena que não teve tempo de gravar. Fica como um gesto de amor, respeito e admiração. E saudade.

A última valsa
Luz do amanhecer
nas sombras do jardim,
um cheiro de jasmim me faz viver
de novo um tempo tão feliz.
Tardes de verão
de tantas emoções,
um beijo, uma canção,
e um sonho de amor sem fim

O amor não trás a paz
o amor quer sempre mais
é a valsa que nos faz dançar,
bater mais forte os corações.
A lua encontra o mar,
a sombra esconde a luz,
teu corpo enfim encontra o meu
e dança ! dança mais !

Valsas tropicais
bailando na memória,
nos golden rooms do sonho,
nos salões, à luz da lua a beira mar.
Noites de verão
que nunca esquecerei,
que não vivi, sonhei,
como a valsa que não dancei,
que não vivi, sonhei,
como a valsa que não dancei.”

Nelson Motta

sexta-feira, 20 de março de 2015

Visita Guiada 2

Há uns dias pus uma reportagem sobre um dos produtos mais simbólicos da minha cidade, parece que vocês gostaram, não é? Então acrescentei na barra lateral a ligação para a página do programa na RTP Play para poderem ver outras reportagens do mesmo programa. A Paula Moura Pinheiro está à vossa espera para vos mostrar recantos (mais ou menos) conhecidos de Portugal.

Basta descerem a página e encontram os programas mais antigos por ordem. 
Há para todos os gostos, recomendo por estarem perto: o programa sobre a cidade abaluartada de Elvas (23 de fevereiro), o que fizeram sobre o Palácio Ducal de Vila Viçosa (26 de janeiro) ou aquele que fala das Casas Pintadas em Évora (29 de dezembro). Para o José Luis, em particular, o de 2 de março no estúdio de fotografia do Carlos Relvas. 

Vão deixando as vossas apreciações, se vos apetecer.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Dia do Herman

É verdade, hoje é Dia do Pai, mas para os portugueses há um José (de segundo nome) que faz com que este dia seja também o dia em que festejamos as gargalhadas e os sorrisos. 
O Herman (José) faz anos hoje e como homenagem O Observador dedicou-lhe este artigo: Nove expressões que devemos a Herman José. Eu voltei à infância, adolescência, idade adulta, viajei por toda a minha vida de espetadora de humor enquanto o lia, porque este senhor esteve presente sempre, a oferecer-me o mais importante do mundo: o riso inteligente. Com mil caras, perucas, vozes, sotaques, personagens inesquecíveis. A ensinar-nos que a sua missão é muito dura e muito prazerosa. Para além destas nove expressões, há mil mais, todas brilhantes a marcar-nos a vida.

Obrigada e parabéns Herman!!!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Receitas da Lusofonia

Como no NA 2 andamos a passear pelo mundo da gastronomia no mundo lusófono, deixo-vos aqui alguns vídeos de receitas típicas, para se animarem a experimentar ou, para os menos afoitos, só para ouvirem e verem as imagens (vejam lá se são capazes de não ficarem a salivar).


Olivier Anquier (o chef francês que ganhou fama na TV brasileira e pôs tudo o que era mulher portuguesa a ver programas de cozinha no GNT - gostassem de cozinhar ou não)


E João Carlos Silva (o apresentador do programa Na roça com os tachos) em documentário:

Ver na RTP

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A Arte da Entrevista

Para quem gosta de entrevistas, como eu, há uma senhora brasileira que é completamente incontornável nesta arte. Porque continuo a afirmar que é uma arte o saber perguntar, saber o que perguntar, saber como perguntar e sempre sem ofender o outro. 
A Marília Gabriela é uma mulher de muitas artes (canta, representa, escreve) mas o jornalismo é aquela onde ela mais se destaca desde os anos 60. Se gostarem desta, aqui têm a ligação para o programa da entrevistadora no GNT.

Escolhi uma entrevista de um dos meus gurus da representação. O Miguel Falabela é um ator insuperável, um encenador maravilhoso, um autor brilhante, "alto, lindo, louro, quase um príncipe dinamarquês". Um homem que se tivesse nascido uns quilómetros mais a norte, seria um ícone internacional, sem qualquer tipo de dúvida, porque tem talento para dar e vender. Quem escreve A Partilha devia ter direito a reformar-se e viver dos lucros, escrevendo e interpretando só por amor à arte. (Lamento as opiniões pessoais, mas o Miguel toca-me muito dentro.)
Desfrutem!

Parte 1/5


Parte 2/5


Parte 3/5


Parte 4/5


Parte 5/5

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

CUIDADO COM A LÍNGUA! (I - IV) - NA 2

Tal como vos prometi, aqui têm a ligação para o programa da RTP que vos mostrei nas aulas. Espero que vejam e aprendam coisas, eu aprendi muito e esclareci muitas dúvidas a ver este programa.
Ponho-vos ligações para tudo o que está disponível no página da RTP e acrescentarei alguma coisa na barra lateral para terem um acesso mais simples.

Cuidado com a Língua! (I - IV)
Cuidado com a Língua! - V
Cuidado com a Língua! - VII - os mais recentes