quinta-feira, 17 de março de 2016

Gíria de empresa segundo os Gato Fedorento


Acho que todos vocês conhecem os Gato Fedorento, contudo se há alguém que ainda não teve o prazer de dar com eles umas boas gargalhadas deixo-vos aqui, aqui e aqui alguma informação. Veremos hoje com o nível C1 alguns estrangeirismos e sabemos que em grupos particulares (como o dos trabalhadores das grandes empresas, por exemplo) há linguagem nova que deriva exatamente de palavras estrangeiras. 
Nesta paródia, o Miguel Góis e o Tiago Dores utilizam alguma dessa gíria, acabando depois por inventar novas palavras, tentando fazê-las passar por palavras originárias do inglês.
Quero que me digam que palavras existem e quais são as inventadas, como formam aquelas que inventam e já agora o que significam as que são reais. Bom trabalho e divirtam-se!

domingo, 6 de março de 2016

NA2 Festa da Lusofonia - O meu coração não tem cor

A Eurovisão já não é o que era - é verdade! No entanto, ao longo dos anos deixou-nos muito boas memórias (tentaremos sempre esquecer as más) e esta é uma delas. 

Lembro-me de estar a ver o Festival RTP da Canção em 1996 e um amigo dos meus pais dizer:
- O que é que a Maria do Amparo está a fazer na TV? Voltou a cantar? - Ao que a minha mãe respondeu:
- Só se a mulher tiver conseguido manter-se igual ao que era há 20 anos. 
Foi essa ineludível parecença com a mãe que nos fez parar e ficar a ouvir esta menina doce. Porque todos conheciamos a Lúcia, todos. Ela entrava nas nossas casas todas as semanas pela mão dos pais (depois apenas do pai quando a mãe deixou de atuar em público) quando era pequenina e cresceu connosco. Só desapareceu para estudar. 
Na Eurovisão conseguiu dar-nos a melhor classificação de sempre (um 6º lugar) e foi, provavelmente, a última vez que mereceu a pena ver o certame musical para muitos portugueses.

Ponho-vos a canção e a letra, tal como trabalhámos na aula, para poderem ver exemplos dos tipos de música da lusofonia que esta canção versa. Letra do José Fanha (devem conhecê-lo do filme "Adeus Pai") e música e orquestração do Pedro Osório. Mas depois propor-vos-ei um exercício de investigação.


O Meu Coração Não Tem Cor

(José Fanha/Pedro Osório)Andamos todos a rodar na roda antiga
Cantando nesta língua que é de mel e de sal
O que está longe fica perto nas cantigas
Que fazem uma festa tricontinental


Dança-se o samba, a marrabenta também,
Chora-se o fado, rola-se a coladeira P'la porta aberta pode entrar sempre alguém,
Se está cansado diz adeus à canseiraVai a correr o corridinho que é bem mandado e saltadinho


E rasga o funaná, faz força no malhão
Que a gente vai dançar sem se atrapalhar
No descompasso deste coração 


(E como é? E como é? E como é? Vai de roda minha gente, vamos todos dar ao pé) 

Estamos de maré, vamos dançar, vem juntar o teu ao meu sabor
Põe esta canção a navegar que o meu coração não tem cor
Estamos de maré, vamos dançar, vem juntar o teu ao meu sabor
Põe esta canção a navegar que o meu coração não tem cor

Andamos todos na ciranda cirandeira,
Preguiça doce e boa, vai de lá, vai de cá
Na nossa boca uma saudade desordeira
De figo, de papaia e de guaraná Vira-se o vira e o merengue também,


Chora-se a morna, solta-se a sapateia
P'la porta aberta pode entrar sempre alguém
Que a gente gosta de ter a casa cheiaVamos dançar este bailinho, traz a sanfona, o cavaquinho


A chula vai pular nas voltas do baião
Que a gente vai dançar sem se atrapalhar
No descompasso deste coração(Hey! E vai de volta, vai de volta, p'ra acabar)
Que o meu coração não tem cor